segunda-feira, 28 de abril de 2008

Tal qual Martha Medeiros também não sirvo como exemplo de nada e sou mais uma ordinária Miss Imperfeita. Tanto quanto você que está lendo.Acordo quase todos os dias com o despertador nem que seja para não me sentir culpada. Nem sempre me desce aquele copo d´água pela manhã. Apesar de elevar meu colesterol como pão de queijo pelo menos três vezes por semana. Às vezes bebo mais do que isso, mas pra isso não existe regra. Fumo de dois a 10 cigarros por dia e o pigarro já está me matando. Faço meu almoço, evito óleo, mas como pouca fruta. Me sinto bem à vontade para deixar de ir a academia de vez enquanto, para sair numa segunda ou tomar um porre num domingo, desde que não seja sempre. Sou responsável com meu trabalho, mas um dia eu não fui.Não sou escrava de nada em mim, apesar de preferir meu cabelo escovado. Não faço questão de maquiagem e me sinto ótima num jeans e branco. Minhas unhas estão sempre feitas, isso me faz me sentir mais limpa.Sou solteira e a menos que eu encontre alguém tão agradável quanto procuro ser, ficarei bem sozinha. Se for o caso faço uma produção independente aos 30. Mas eu espero que me saia melhor na minha vida amorosa.Não gosto de dar satisfação do que faço. Talvez isso deixe meus pais contrariados, às vezes, mas eles já se acostumaram.Pagar minhas contas me deixa mais livre. Gosto muito da minha casa, da minha comida e entendo minha bagunça. Gosto de tudo o que é meu e sou bastante ciumenta com meus namorados. Já pras coisas materiais eu não ligo muito. Durmo bastante, mas não costumo acordar tarde. Prefiro que meus dias rendam mais. Apesar de que de um tempo pra cá tenho gostado bastante da noite.Espero voltar a ser do dia!Comecei a escrever um livro, mas abandonei numa fase difícil. Talvez eu recomece agora, mesmo que seja só para publicar as crônicas num blog.Sou uma mulher comum. Eu choro, faço exames, perco a hora, tenho tpm, fico carente, às vezes deprimida, como chocolate e sempre exagero no sal. Não gosto de shopping, adoro ir ao salão, pareço uma metralhadora disparando informação. Não acho que virilidade é mais atribuída aos homens e nunca fui tão ortodoxa. O problema é quando me apaixono que não sei aonde vão parar minhas idéias viris. Às vezes me sinto patética!Não vejo problema em sair sozinha e nem mesmo em ir só a um cinema . Mas é claro que uma boa companhia é sempre bem vinda.Eu deveria ler mais e dar mais trégua aos meus pensamentos, pareço uma bomba prestes a explodir a qualquer momento.Eu sei me diverti! Às vezes falta um pouco der juízo, mas com o tempo ele vem inevitavelmente.Eu achava que aos 26 anos teria um apartamento, dois diplomas, um bom emprego, um super marido e estaria pronta para ter um filho. E até hoje só consegui comprar um carro mil, não tenho o emprego dos meus sonhos e nem namorado!Não tenho nenhum complexo de inferioridade por isso. Acho que talvez as coisas tenham atrasado, mas quem sabe eu não paro de fumar e vivo um pouco mais pra compensar!Ás vezes eu passo a impressão de ser mais moderna do que realmente sou. A verdade é que eu adoraria ser dona de casa desde que isso desse um bom salário!Dizer NÃO nunca foi o meu forte e costumo me sentir culpada. Mas estou pronta para me adequar a um programa culpa zero. Até porque não ando devendo nada a ninguém.Tenho medo do mar, de velocidade e do lobo mal. Odeio ser passada pra trás e o pior é que já cometi o mesmo erro mais de uma vez.Servir às pessoas me faz me sentir bem. Acho uma pena que nem sempre podemos fazê-lo.Ainda não descobri a receita de uma vida perfeita, mas vou terminar concordando com Martha.Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso,francamente, está precisando rever seus valores. E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante

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