segunda-feira, 28 de abril de 2008

Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? Um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele ? Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada;O que realmente não dá é continuarmos achando que viver é 'out', que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: 'vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida'. Antes idiota que infeliz! (Arnaldo Jabor )E o que seria afinal um idiota? Júlio Bressane em referência a seu filme Cleópatra disse que a idiotice é natural, já a imbecilidade...Achei um tanto quanto arrogante por referir-se a quem não gostou de seu filme. E eu fui uma das imbecis. Mas afinal acabei entendendo porque eu realmente não me permitira gostar... e por que não afinal? Era apenas uma linda arte e deveria ter sido no mínimo, um momento de prazer.Passo algumas horas do dia no trabalho e nem sempre são satisfatórias. A quem me dera idolatrar tudo o que tenho que fazer.... A grande verdade é que gosto mesmo, muitas vezes, justamente do que não deveria fazer.Aliás, não sei exatamente o que deveria ou não fazer. Nunca me imaginei uma puritana, vegetariana, de dieta , em abstinência sexual, estudiosa, humilde e calma. Eu falo muito, uso short curto, me arrasto pelas madrugadas, nunca me bastam tantos amigos, nunca desisto de encontrar alguém (especial), não como verduras, pinto o cabelo, fumo, bebo, mato aula, às vezes, chego no trabalho virada com a maquiagem velha e as olheiras gritantes. Mas fruto de uma noite que valeu a pena. Ah sim... sempre vale a pena desde que saibamos o que estamos fazendo...Sim, também já deixei de saber o que fazia um dia. Já acordei com ressaca moral e, deixa pra lá! Tantas coisas já me aconteceram. Ser uma mulher bonita (modéstia a parte) tem seu preço. Ou acham que a gente é burra ou puta, se não seria areia demais pra um caminhão. É incrível como ninguém repara se andamos mais inteligentes, mais calmas, mais cultas. Agora se engordamos um quilo, oh my God! E se a raiz do cabelo está grande, as unhas sem fazer, e se a roupa estava estranha um dia, ou muito fashion, ou curta ou comprida demais, incrível! Todo mundo repara! E todo mundo fala numa tentativa incessante de acabarem com nossa auto estima como se a única coisa que tivéssemos de bom fosse o que se pode ver e o que querem palpar.Eu já penso diferente quando vejo uma menina bonita acima do peso... ela deve estar estudando bastante! Ou então aquele rapaz que não liga pra barriguinha...ele deve ser ótimo e perder mais tempo lendo do que malhando.Olha ai meu preconceito. Se ele fosse perfeito acharia que era burro!Eu não sei por que diabos concebemos valores tão pré-históricos num mundo cada vez mais subdesenvolvido em meio a tanto desenvolvimento.Ora bolas! 90% das mulheres que conheço têm silicone, inclusive eu. Apesar do tempo não parar, de milhares de pessoas à frente em suas descobertas e tecnologias e do mundo cada vez mais competitivo, ainda tem quem perca cinco horas num salão e outras três na academia. Eu não faço apologia a vaidade, só acho que deveríamos rever nossos valores.É inconcebível vivermos imersos na futilidade mundana da night. Mas também não dá para deixarmos essa vida das madrugadas totalmente de lado...Acho um absurdo ipods carregados de músicas elétricas sem letras e nossa bossa ha muito esquecida... Será que dá para voltarmos ao meio termo e sermos como Jabour propôs?

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